Explorando a Ásia de “Marco Polo”: Roteiro pelos Locais Reais de Filmagem da Série Histórica


Imagine caminhar pelas mesmas rotas exóticas que Marco Polo desbravou no século XIII — trilhas que cortam paisagens grandiosas, atravessam bazares vibrantes, tocam templos milenares e revelam culturas profundamente enraizadas na história da humanidade. A série Marco Polo, lançada em 2014 pela Netflix, é um convite visual e emocional para esse universo de aventuras, intrigas palacianas e encontros culturais. Com duas temporadas e um episódio especial, a produção transporta os espectadores à corte do imperador mongol Kublai Khan, apresentando a jornada do jovem explorador veneziano que cruzou o continente asiático e mergulhou no coração do Império Mongol.

Gravada em locações reais como Cazaquistão, Malásia e Mongólia, a série impressiona pela cinematografia épica e pela recriação detalhada de cenários históricos. Apesar de seu cancelamento em 2016, continua disponível na Netflix, ainda inspirando viajantes e apaixonados por história a seguirem os passos desse lendário mercador europeu. Marco Polo não é apenas entretenimento — é uma ponte entre passado e presente, entre ficção e realidade, oferecendo uma perspectiva fascinante sobre a Ásia medieval.

Este artigo propõe justamente isso: um roteiro cultural e prático pelos locais reais de filmagem e inspiração da série, conectando o fascínio narrativo às experiências autênticas de viagem. Muito além do turismo convencional, esta é uma jornada imersiva pelos bastidores da Rota da Seda e da cultura oriental, com o olhar de Marco Polo como guia.

Contexto Histórico e Cultural

Marco Polo, nascido em Veneza no século XIII, é uma das figuras mais célebres da história das explorações. Seu nome está intimamente ligado à Rota da Seda — uma vasta rede de caminhos comerciais que ligava a Europa ao Extremo Oriente, atravessando territórios que hoje fazem parte da China, Mongólia, Uzbequistão, Irã, Turcomenistão, entre outros. Sua jornada mais famosa durou cerca de 24 mil quilômetros e o levou à presença do imperador Kublai Khan, onde viveu por aproximadamente 17 anos. Esses relatos foram imortalizados no livro Il Milione (ou O Livro das Maravilhas), considerado um dos primeiros registros detalhados sobre o Oriente feitos por um europeu.

A série dramatiza esse período com intensidade visual e emocional, destacando a chegada de Marco à Ásia, sua adaptação à cultura mongol e seu envolvimento nos jogos de poder da corte imperial. Ainda que utilize liberdades criativas — comuns em produções ficcionais — a narrativa capta com fidelidade o espírito de descoberta e deslumbramento que marcou sua jornada. Locais emblemáticos como as estepes da Mongólia, a cidade de Khanbaliq (atual Pequim) e centros comerciais como Samarcanda são representados com imponência, refletindo os contrastes entre tribos nômades, impérios sofisticados e filosofias milenares.

Para o viajante contemporâneo, seguir esses caminhos é mais do que revisitar uma narrativa lendária — é uma oportunidade de mergulhar em um legado cultural ainda vivo. A Mongólia permite o contato direto com comunidades nômades e a imensidão das estepes; a China oferece relíquias imperiais, como a Cidade Proibida, e cidades que cresceram à sombra da Rota da Seda; o Cazaquistão revela paisagens de tirar o fôlego e tradições que resistem ao tempo. A Rota da Seda continua sendo um corredor de pluralidade, onde budismo, islamismo e xamanismo se entrelaçam em templos, mercados e festivais.

Esses destinos, retratados com riqueza na série, oferecem uma conexão profunda entre passado e presente, história e paisagem. Em cada passo, o viajante moderno pode reviver os encontros culturais que tanto marcaram Marco Polo — e descobrir, através da ficção e da realidade, a Ásia com um olhar transformador.

Roteiro Detalhado

Seguindo os passos de Marco Polo, este roteiro detalhado leva você pelos cenários reais e inspiradores da série, conectando momentos icônicos da produção com experiências culturais imersivas. Cada destino foi escolhido por sua relevância histórica e pela forma como reflete o universo da série, com dicas práticas para fãs que desejam vivenciar a Ásia medieval retratada na Netflix. Abaixo, apresentamos os principais pontos do roteiro, associados a episódios marcantes, curiosidades de filmagem e um itinerário otimizado para 15 dias.

Ponto de Partida: Pequim, China

Atrações: A Cidade Proibida, com seus palácios imperiais, evoca a grandiosidade da corte de Kublai Khan. A Grande Muralha, a cerca de 1h30 de Pequim, oferece vistas épicas, enquanto a Praça Tiananmen conecta o passado ao presente.

Conexão com a Série: Pequim representa Khanbaliq, a capital de Kublai Khan na série (Marco Polo, Temporada 1, Episódio 1, “The Wayfarer”). As cenas de intrigas palacianas, como o banquete de boas-vindas a Marco, sugerem a opulência da corte mongol. Embora a série tenha usado estúdios na Malásia para recriar Khanbaliq, a Cidade Proibida captura a essência histórica do poder imperial.

Importância Histórica: Pequim, como Dadu no século XIII, foi o centro político do Império Mongol na China. A Cidade Proibida, construída séculos depois, reflete a continuidade do esplendor imperial chinês.

Dicas Locais: Experimente o Pato de Pequim no restaurante Quanjude, uma iguaria histórica. Hospede-se no The Peninsula Beijing para luxo ou no Peking Station Hostel para opções econômicas. Faça um tour guiado na Cidade Proibida com áudio em inglês para entender os detalhes históricos. Para fãs, tire fotos nos pátios da Cidade Proibida, imaginando as cenas de Marco navegando pela corte.

Curiosidades: As cenas de Khanbaliq foram filmadas em estúdios em Johor, Malásia, com cenários construídos para replicar palácios mongóis, já que filmar na Cidade Proibida seria logisticamente complexo.

Mongólia: Ulaanbaatar e Estepes

Atrações: Em Ulaanbaatar, visite o Mosteiro de Gandan, um centro budista vibrante, e o Museu Nacional da Mongólia. A 1h30 da capital, o Parque Nacional Gorkhi-Terelj oferece estepes, montanhas e a chance de vivenciar a cultura nômade.

Conexão com a Série: As vastas estepes mongóis aparecem em Marco Polo como o coração do Império Mongol (Temporada 1, Episódio 3, “Feast”), com cenas de cavalgadas e acampamentos nômades. A série destaca a vida guerreira e a hospitalidade das estepes, filmadas parcialmente no Cazaquistão para capturar a imensidão das paisagens.

Importância Histórica: A Mongólia foi o berço do Império Mongol, fundado por Gêngis Khan, e Ulaanbaatar reflete a herança nômade e budista do país. As estepes simbolizam a liberdade e a resiliência desse povo.

Experiências Únicas: Passe uma noite em uma iurta tradicional no Parque Gorkhi-Terelj, onde você pode cavalgar como os guerreiros mongóis e jantar khorkhog (churrasco de carneiro). Para fãs, recrie a sensação das cenas épicas caminhando pelas colinas ao pôr do sol, com vistas reminiscentes das batalhas da série.

Curiosidades: As cenas das estepes foram filmadas no Cazaquistão devido à sua vasta paisagem intocada, mas a Mongólia oferece uma experiência autêntica para os viajantes. A produção usou cavaleiros locais para cenas de ação, garantindo realismo.

Uzbequistão: Samarcanda e Bukhara

Atrações: Em Samarcanda, o complexo Registan, com suas madraças ornamentadas, é um marco da Rota da Seda. A Mesquita Bibi-Khanym e o mausoléu Gur-e-Amir impressionam pela arquitetura. Em Bukhara, explore bazares históricos e a cidadela Ark.

Conexão com a Série: Samarcanda aparece em Marco Polo como um ponto comercial crucial na Rota da Seda (Temporada 2, Episódio 5, “Lullaby”), com cenas de mercados vibrantes e negociações. A série usa locações no Uzbequistão para retratar a riqueza cultural do comércio medieval.

Importância Histórica: Samarcanda foi uma das cidades mais importantes da Rota da Seda, um centro de aprendizado e comércio no século XIII. Bukhara, igualmente histórica, era famosa por seus mercados e estudiosos islâmicos.

Dicas: Compre tapetes e cerâmicas nos bazares de Bukhara, perfeitos como lembranças. Fotografe o Registan ao amanhecer para capturar sua beleza sem multidões. Prove plov, um prato de arroz com carne, em restaurantes locais como o Samarkand Restaurant. Para fãs, passeie pelos becos de Bukhara, imaginando as trocas comerciais da série.

Curiosidades: Algumas cenas de Samarcanda foram filmadas em sets no Uzbequistão, mas a produção também usou CGI para ampliar a escala dos mercados, dando um toque cinematográfico.

Extra (Opcional): Xi’an, China

Atrações: Os Guerreiros de Terracota, um exército de esculturas do século III a.C., são uma maravilha arqueológica. As muralhas da cidade e a Torre do Sino oferecem um vislumbre da Xi’an medieval.

Conexão com a Série: Embora Xi’an não apareça diretamente em Marco Polo, sua importância na Rota da Seda a torna um complemento perfeito. A cidade era um ponto de partida para caravanas, conectando-se ao comércio retratado na série (Temporada 1, Episódio 8, “Rendering”).

Importância Histórica: Xi’an, antiga capital da China, foi um hub comercial e cultural na Rota da Seda, conectando o Oriente ao Ocidente.

Motivo para Incluir: Xi’an enriquece o roteiro com sua história milenar e oferece uma experiência acessível, já que está a apenas 2 horas de trem de Pequim.

Dicas: Faça um tour guiado aos Guerreiros de Terracota para entender seu contexto. Hospede-se no Sofitel Xi’an para conforto ou no Xi’an Simple Palace para charme histórico. Prove roujiamo (hambúrguer chinês) em barracas locais.

Sugestão de Roteiro (15 Dias)

Dia 1-4: Pequim, China

Dia 1: Chegada, check-in e passeio na Praça Tiananmen.

Dia 2: Explore a Cidade Proibida e o Templo do Céu.

Dia 3: Visite a Grande Muralha (seção Mutianyu, menos lotada).

Dia 4: Dia livre para museus ou compras no mercado de Wangfujing.

Dia 5-8: Ulaanbaatar e Estepes, Mongólia

Dia 5: Voo para Ulaanbaatar (2h30 de Pequim). Visite o Mosteiro de Gandan.

Dia 6: Explore o Museu Nacional e a Praça Sukhbaatar.

Dia 7: Excursão ao Parque Gorkhi-Terelj, com pernoite em iurta.

Dia 8: Retorno a Ulaanbaatar e voo para Tashkent, Uzbequistão (via conexão).

Dia 9-12: Samarcanda e Bukhara, Uzbequistão

Dia 9: Chegada a Tashkent e trem para Samarcanda (2h). Visite o Registan.

Dia 10: Explore a Mesquita Bibi-Khanym e o mausoléu Gur-e-Amir.

Dia 11: Trem para Bukhara (1h30). Visite a cidadela Ark e bazares.

Dia 12: Dia livre em Bukhara para fotografia e compras.

Dia 13-15: Xi’an, China (Opcional)

Dia 13: Voo para Xi’an via Pequim (4-5h totais). Visite as muralhas da cidade.

Dia 14: Tour aos Guerreiros de Terracota e à Torre do Sino.

Dia 15: Retorno a Pequim (trem, 2h) e partida.


Logística: Comece em Pequim, um hub acessível com voos internacionais. De lá, voos regionais para Ulaanbaatar e Tashkent são convenientes. Use trens rápidos no Uzbequistão e na China para deslocamentos eficientes. Reserve voos e trens com antecedência via Trip.com ou Skyscanner para economizar.

Este roteiro combina a emoção de reviver Marco Polo com a riqueza cultural da Ásia, oferecendo uma viagem inesquecível para fãs e exploradores.

Dicas Práticas para Montar seu Roteiro

Agora que você já conhece os principais pontos do roteiro inspirado na série Marco Polo, é hora de planejar com mais detalhes sua jornada épica pela Ásia. Aqui, oferecemos dicas práticas para ajudar você a planejar sua viagem de forma eficiente e econômica, incluindo a melhor época para viajar, informações sobre vistos e transporte, além de um orçamento estimado para cada destino.

Duração Sugerida

A duração ideal varia entre 15 e 30 dias, dependendo do ritmo e da profundidade que se deseja alcançar. Em 15 dias, é possível visitar os principais destaques da rota — como Pequim (China), Ulan Bator (Mongólia) e Samarcanda (Uzbequistão). Para uma experiência mais imersiva, com tempo para explorar cidades secundárias, áreas rurais e atrações como o deserto de Gobi ou Bukhara, o ideal é planejar até 30 dias. Inclua pausas para descanso, especialmente devido às grandes distâncias entre os destinos.


Melhor Época do Ano para Visitar

A primavera (abril a maio) e o outono (setembro a outubro) são ideais para este roteiro:

China (Pequim e Xi’an): Temperaturas amenas (15-25°C), com menos chuvas e multidões. O outono traz folhagens coloridas na Grande Muralha.

Mongólia (Ulaanbaatar e estepes): Clima agradável (10-20°C), evitando o inverno rigoroso (-20°C) e o verão chuvoso. A primavera destaca festivais nômades.

Uzbequistão (Samarcanda e Bukhara): Temperaturas confortáveis (15-25°C), perfeitas para explorar monumentos. Evite o verão (35°C+) e o inverno frio.

Documentação e Vistos Necessários

China: Brasileiros precisam de visto turístico, solicitado com antecedência em consulados ou embaixadas. Requer passaporte válido por 6 meses, formulário, foto e comprovantes de viagem (passagens e hospedagem). O processo leva 5-10 dias e custa cerca de US$50-100.

Mongólia: Brasileiros podem entrar sem visto para estadias de até 30 dias (confirme antes de viajar).

Uzbequistão: Isenção de visto para brasileiros para turismo por até 90 dias.

Recomendações: Garanta que o passaporte tenha validade de 6 meses e duas páginas em branco. Contrate um seguro de viagem, útil para emergências e às vezes exigido. Use serviços como iVisa para agilizar pedidos de visto.

Dicas de Transporte entre os Destinos

Entre países: Voos regionais são a melhor opção. De Pequim a Ulaanbaatar, a Air China opera voos diretos (2h30, ~US$200-400). De Ulaanbaatar a Tashkent, use voos com conexão em Seul ou Istambul (6-8h, ~US$400-700). De Tashkent a Pequim, voos diretos pela Uzbekistan Airways levam 5h (~US$300-500). Reserve via Skyscanner ou Trip.com.

Dentro dos países:

China: Trens de alta velocidade (G-series) conectam Pequim a Xi’an (4-5h, ~US$80). São eficientes, confortáveis e pontuais. Reserve pelo Trip.com.

Mongólia: Para o Parque Gorkhi-Terelj, alugue um jipe com motorista (~US$50-100/dia) via agências locais – é o melhor meio para explorar o interior.

Uzbequistão: Trens rápidos Afrosiyob ligam Tashkent a Samarcanda (2h, ~US$15) e Samarcanda a Bukhara (1h30, ~US$10). Compre passagens pelo Rail.Travel.

Dica extra: Use o Maps.me para navegação offline em áreas remotas e o Google Translate para comunicação local.

Orçamento Estimado em Cada País

Os custos variam conforme o estilo de viagem (econômico ou luxo), excluindo passagens internacionais:

– China (Pequim e Xi’an, 7 dias):

Econômico: US$60-90/dia (hostels, comida local, trens, ingressos). Total: ~US$420-630. Luxo: US$200-350/dia (hotéis 5 estrelas como Shangri-La, restaurantes sofisticados, tours privados). Total: ~US$1.400-2.450.

Mongólia (Ulaanbaatar e estepes, 4 dias):

Econômico: US$50-80/dia (guesthouses, comida local, tours em grupo). Total: ~US$200-320. Luxo: US$150-300/dia (hotéis como Ramada Ulaanbaatar, iurtas de luxo, guias privados). Total: ~US$600-1.200. Dicas: Tours para as estepes podem ser mais baratos em grupos. Coma buuz (bolinhos) em barracas por ~US$1.

Uzbequistão (Samarcanda e Bukhara, 4 dias):

Econômico: US$40-70/dia (hostels, plov em restaurantes locais, trens). Total: ~US$160-280. Luxo: US$120-250/dia (hotéis boutique como Malika Bukhara, guias especializados). Total: ~US$480-1.000. Dicas: Negocie em bazares para artesanato e use trens econômicos para deslocamentos.

Total estimado (15 dias, sem voos internacionais):

Econômico: US$780-1.230. Luxo: US$2.480-4.650.

Voos regionais: Adicione ~US$900-1.600 para voos entre Pequim, Ulaanbaatar, Tashkent e retorno.

Seguro Viagem: Não viaje sem contratar um (inclua no seu orçamento). A cobertura mínima tem de ser no valor de US$ 30 mil — obrigatório em muitos países e essencial em regiões mais remotas.

Dicas finais para economizar, independente do país: Use trens noturnos para economizar com hospedagem, compre passagens com antecedência, coma em mercados, economize com ingressos combinados para atrações e reserve hospedagens diretamente nos aplicativos.

Idiomas

China: O mandarim é predominante, mas o inglês é razoavelmente compreendido em áreas turísticas. Use o app Pleco para traduções e vocabulário.
Mongólia: O mongol é a língua principal, com pouco inglês fora da capital.
Uzbequistão: Uzbeque é o idioma oficial, mas o russo é amplamente falado. O inglês é limitado, exceto em áreas muito turísticas.

Aplicativos Úteis

Google Translate e iTranslate (com modo offline): essenciais para comunicação.
Pleco: o melhor dicionário para mandarim.
Maps.me e Rome2Rio: úteis para transporte e navegação offline.
WeChat: essencial para pagamentos e comunicação dentro da China.
Booking.com: excelente para reservas de hospedagem de última hora.
Skyscanner e Rail.Travel: para busca de voos e trens.
XE Currency: para conversões monetárias.
TripIt e Google Trips: para organização de itinerários.

Com este planejamento, você pode personalizar sua jornada pelos cenários de Marco Polo, equilibrando conforto, cultura e orçamento para uma experiência inesquecível.

Experiências Culturais Inspiradas na Série Marco Polo

Mais do que visitar paisagens e monumentos, seguir os passos de Marco Polo é mergulhar em culturas milenares, vivenciar tradições locais e sentir na pele o intercâmbio de saberes e sabores que a Rota da Seda proporcionava. A série, ao retratar esse entrelaçamento de mundos, oferece inspiração para experiências culturais inesquecíveis durante a viagem — seja por meio de atividades temáticas, festivais sazonais, gastronomia típica ou encontros com comunidades locais.

Atividades Temáticas

A série retrata elementos culturais profundos das regiões exploradas por Marco Polo. Essas vivências oferecem uma conexão direta com o universo apresentado na narrativa.

China (Pequim e Xi’an)

Workshop de Caligrafia Chinesa: Aprender a traçar os caracteres han em bairros tradicionais como os hutongs, com centros como o The Hutong Cultural Center, remete ao ambiente erudito das cortes imperiais e à sofisticação vista nas cenas com Kublai Khan.
Tour Gastronômico: Mercados como o Donghuamen são ideais para experimentar iguarias como espetos de cordeiro — sabores que remetem aos banquetes imperiais retratados na série.

Mongólia (Ulaanbaatar e Estepes)

Aula de Culinária Mongol: Com agências como Nomadic Journeys, é possível aprender pratos típicos como buuz (pastel recheado cozido no vapor) e khorkhog (cordeiro preparado com pedras quentes) — ambos símbolos das tradições nômades mongóis.
Sessão de Arco e Flecha Tradicional: Nas estepes ou no Parque Nacional Gorkhi-Terelj, essa atividade conecta o viajante às habilidades guerreiras do Império Mongol, destaque em diversos episódios da série.

Uzbequistão (Samarcanda e Bukhara)

Visitas a Mercados Históricos: Cenas de comércio vibrante, tecidos coloridos e especiarias abundam na série — e ganham vida nos bazares de Bukhara e Samarcanda.
Oficinas de Tecelagem: Aprenda sobre a produção artesanal de tapetes de seda, uma tradição viva da Rota da Seda.
Tour Fotográfico no Registan: Uma forma envolvente de capturar a grandiosidade arquitetônica que evoca o esplendor comercial da época retratada na série.

Festivais Locais Imperdíveis

Participar de festivais sazonais é uma forma poderosa de vivenciar as tradições que moldaram os povos retratados na série.

China

Festival da Primavera (Ano Novo Chinês): Celebrado entre janeiro e fevereiro, traz desfiles, fogos de artifício e danças do leão em cidades como Pequim.
Festival das Lanternas: Encerrando as festividades do Ano Novo Lunar, transforma cidades como Xi’an em paisagens iluminadas que remetem ao esplendor cerimonial da série.

Mongólia

Festival Naadam (julho): Em Ulaanbaatar, esse evento celebra os “Três Esportes dos Homens” — luta mongol, corrida de cavalos e arco e flecha — tradição guerreira central no Império Mongol e na série Marco Polo.
Dica: Reserve hospedagens e ingressos com antecedência, pois o festival é extremamente concorrido.

Uzbequistão

Festival de Navruz (março): Comemoração do ano novo persa em Samarcanda, com danças, pratos típicos como o sumalak e uma atmosfera de hospitalidade típica da Rota da Seda.

Interação Respeitosa com Comunidades Locais

O contato com moradores locais proporciona experiências autênticas e profundas. No entanto, é fundamental praticar a empatia cultural.

Recomendações Gerais:

– Peça permissão antes de tirar fotos, especialmente em ambientes religiosos ou lares nômades.
– Aceite ofertas de hospitalidade, como chá ou refeições — recusá-las pode ser considerado indelicado.
– Aprenda saudações básicas no idioma local (por exemplo, salaam no Uzbequistão).

Dicas por País:

China: Visite comunidades hutong com guias locais; participe de cerimônias de chá e ouça histórias de moradores.
Mongólia: Agências como Ger to Ger promovem turismo comunitário sustentável. Leve pequenos presentes (como doces ou material escolar) e aceite o tradicional chá com leite com a mão direita.
Uzbequistão: Participe de homestays e negocie com cortesia nos bazares de Bukhara — uma boa forma de se integrar ao cotidiano local.

Sabores da Rota: Pratos que Marco Polo Possivelmente Provou

A culinária é uma das maneiras mais diretas de experimentar o mundo retratado por Marco Polo. Muitos pratos tradicionais ainda são populares hoje, oferecendo uma ponte sensorial com o passado.

China

Pato Assado: Antecessor do famoso Pato de Pequim, comum em banquetes imperiais. Dica: Prove no tradicional restaurante Quanjude, em Pequim.
Jiaozi: Bolinhos recheados populares entre comerciantes e viajantes das antigas rotas comerciais.

Mongólia

Khorkhog: Churrasco nômade cozido com pedras quentes — uma iguaria citada nos relatos do próprio Marco Polo.
Chá com leite salgado: Bebida típica oferecida até hoje por famílias nas estepes, também presente em diversas cenas da série.

Uzbequistão

Plov: Arroz cozido com carne e especiarias — prato nacional que representa o espírito comunitário da Rota da Seda.
Samsa: Pastéis assados recheados com carne ou vegetais.
Lagman: Macarrão artesanal com carne e legumes, uma das possíveis inspirações para o “espaguete” europeu.
Manti: Bolinhos recheados cozidos no vapor, comuns em toda a Ásia Central.
Dica: Saboreie pratos típicos no Samarkand Restaurant ou em casas locais durante homestays.

Curiosidades e Bastidores da Série

A produção de Marco Polo (Netflix, 2014-2016) foi uma empreitada ambiciosa, combinando locações reais, sets construídos e efeitos visuais para recriar a Ásia do século XIII. Esta seção explora onde a série foi filmada, as diferenças entre os locais reais e os cenários, e curiosidades que fascinam os fãs.

Onde a Série Foi Realmente Filmada

Embora a série retrate destinos como Khanbaliq (Pequim), estepes mongóis e Samarcanda, a maioria das filmagens ocorreu fora desses locais históricos:

Malásia: O Pinewood Iskandar Malaysia Studios, em Johor, foi o principal local de filmagem. Sets massivos, incluindo o palácio de Kublai Khan, foram construídos para cenas internas, como os banquetes da corte (Temporada 1, Episódio 1, “The Wayfarer”). A Malásia foi escolhida por sua infraestrutura moderna e custos acessíveis.

Cazaquistão: As vastas estepes e montanhas do Cazaquistão serviram como cenário para as paisagens mongóis, como nas cenas de cavalgadas e batalhas (Temporada 1, Episódio 3, “Feast”). Locais como o Parque Nacional Altyn-Emel proporcionaram a imensidão necessária.

Uzbequistão: Algumas cenas de mercados e cidades da Rota da Seda foram filmadas em Samarcanda e Bukhara, especialmente para capturar a autenticidade do Registan e dos bazares (Temporada 2, Episódio 5, “Lullaby”).

Outros locais: Algumas cenas externas usaram locações na Hungria e na Eslováquia para representar paisagens asiáticas, complementadas por CGI.

Diferenças entre os Locais Reais e os Cenários

Pequim (Khanbaliq): Na série, Khanbaliq é um palácio opulento com vastos salões. Na realidade, a Pequim do século XIII (Dadu) tinha uma arquitetura mais simples, e a Cidade Proibida só foi construída no século XV. A produção usou sets na Malásia e CGI para criar uma versão dramatizada, mas a Cidade Proibida atual oferece uma conexão visual próxima para os fãs.

Estepes Mongóis: As estepes do Cazaquistão, usadas na série, são visualmente semelhantes às da Mongólia, mas a Mongólia real oferece iurtas e comunidades nômades que aprofundam a experiência cultural. A série exagerou a escala de acampamentos para efeito dramático.

Samarcanda e Bukhara: As locações no Uzbequistão são bastante fiéis, com o Registan e os bazares capturando a essência da Rota da Seda. No entanto, a série usou CGI para ampliar mercados e adicionar multidões, dando um toque mais vibrante que a realidade atual, mais tranquila.

Curiosidade técnica: A produção enfrentou desafios logísticos para filmar em locais históricos, como restrições de acesso e clima extremo no Cazaquistão. Por isso, muitas cenas externas foram complementadas com efeitos visuais para recriar o século XIII.

Curiosidades Adicionais

– A série custou cerca de US$200 milhões, uma das produções mais caras da Netflix na época, devido aos sets elaborados e às locações internacionais.

– Cavaleiros cazaques foram contratados para cenas de ação nas estepes, trazendo autenticidade às sequências de batalha.

– O figurino foi inspirado em registros históricos, mas estilizado para o público moderno, com cores mais vibrantes do que as roupas reais da época.

– Apesar de críticas por imprecisões históricas, a série foi elogiada por sua representação da diversidade cultural da Rota da Seda, com atores de várias nacionalidades.

Essas experiências culturais e curiosidades de bastidores enriquecem a viagem, permitindo que os fãs de Marco Polo vivam a série enquanto exploram a Ásia com um olhar informado e apaixonado.

Embarque na Sua Própria Jornada Épica

Embarcar na jornada de Marco Polo é mais do que seguir um roteiro — é mergulhar em uma narrativa que entrelaça história, cultura e descoberta. Dos portões majestosos da Cidade Proibida em Pequim às vastas estepes da Mongólia, das cúpulas reluzentes de Samarcanda aos mercados vibrantes de Bukhara, cada destino pulsa com a essência da Rota da Seda. Incluir Xi’an, com seus Guerreiros de Terracota, aprofunda ainda mais a conexão com um passado que moldou o mundo. Essa aventura oferece muito além de paisagens deslumbrantes: é a chance de provar pratos como plov e khorkhog, sentir a hospitalidade de comunidades que preservam tradições milenares e caminhar por rotas que uniram Oriente e Ocidente. Para os fãs da série, é como tornar reais as cenas de batalhas épicas e banquetes suntuosos, com memórias que ecoam o som de sinos em Ulaanbaatar ou o aroma de especiarias em Bukhara. Está pronto para transformar essa inspiração em realidade? Compartilhe suas experiências, sonhos ou planos nos comentários e motive outros viajantes, assim como as histórias de Marco Polo continuam a inspirar o mundo.